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Autor: Daniel
Data: Final do séc. VI AC
Autor
Daniel foi deportado, enquanto adolescente, no ano de 605 aC, para a Babilônia, onde viveu mais de sessentas anos. Possivelmente fosse de uma família de classe alta de Jerusalém. Isaias e Ezequias (Is 39.7) haviam profetizado a deportação para a Babilônia dos descendentes da família real. Inicialmente, Daniel serviu como estagiário na corte de Nabucodonosor. Mais tarde, tornou-se conselheiro de reis estrangeiros.
A importância de Daniel como profeta foi confirmada por Jesus em Mt 24.15.
O nome Daniel significa “Deus é meu juiz” Sua inabalável consagração a Jeová e sua lealdade ao povo de Deus comprovaram fortemente essa verdade na vida de Daniel.
Data
Embora o cerco e a deportação de cativos para a Babilônia tenha durado vários anos, os homens fortes e corajosos, os habilitados e os instruídos foram retirados de Jerusalém logo no início da guerra (2Rs 24.14). A data do cativeiro de Daniel costumeiramente aceita é de 605 aC. Sua profecia abrange o espaço de tempo de sua vida.
Contexto Histórico
Juntamente com milhares de cativos de Judá levados para o exílio na Babilônia, entre 605 a 582 aC, os tesouros do palácio de Salomão e do templo também levados. Os babilônios haviam subjugado todas as províncias governadas pela Assíria e haviam consolidado o seu império numa área que abrangia grande parte do Oriente Médio.
Para governar um reino tão diversificado numa área de tamanha extensão, necessitava-se de uma burocracia administrativa especial. Escravos instruídos ou habilitados que as circunstâncias requeriam tornaram-se a mão de obra do governo. Por causa de sua sabedoria, conhecimento e boa aparência, quatro jovens hebreus forma selecionados para o programa de treinamento (1.4). Devido ao caráter excepcional de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, estes jovens foram contemplados com funções relevantes no palácio do rei. Daniel sobrepujou a todos os homens sábios daquele vasto império (6.1-3).
Conteúdo
O propósito é mostrar que o Deus de Israel, o único Deus, mantém sob seu controle o destino de todas as nações.
Daniel se compõe de três partes principais: Introdução à pessoa de Daniel (1), os testes decisivos do caráter de Daniel e o desenvolvimento de suas habilidades de interpretação profética (2-7) e a série de visões de Daniel sobre reinos e acontecimentos futuros (8-12). Nesta parte final, Daniel se apresenta como livro profético básico para a compreensão de muitas coisas da Bíblia. Muitos aspectos de profecias relacionadas com os tempos do fim dependem da compreensão deste livro. Os comentários de Jesus no Sermão do Monte das Oliveiras (Mt 24; 25) e muitas das revelações dadas ao apóstolo Paulo encontram harmonia e coesão em Dn (ver Rm 11; 2Ts 2). Da mesma forma, Daniel se torna um companheiro de estudo necessário do Livro de Apocalipse.
Embora a interpretação de Daniel, como também Apocalipse, seja feita de maneira bastante diversificada, para muitos o enfoque da dispensação tornou-se bastante aceito. Esse enfoque na interpretação encontra em Dn as chaves que ajudam a desvendar os mistérios de assuntos como o Anticristo, a grande tribulação, a segunda vinda de Cristo, os Tempos dos Gentios, as ressurreições futuras e juízos. Esse enfoque também vê as profecias que ainda estão por se cumprir girando em torno de dois eixos principais: 1) o destino futuro da cidade de Jerusalém; 2) o destino futuro do povo de Daniel; judeus nacionais (9.24).
Os escritos de Daniel cobrem o governo de dois reinos, Babilônia e Medo– Persa, e quatro reis: Nabucodonosor (2.11-4.37); Belsazar (5.1-31); Dario (6.1-28) e Ciro (10.1-11.1).
Cristo Revelado
A primeira vez que se vê Cristo é na figura do “quarto” (homem) ao lado de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de fogo (3.25). Os três permaneceram fiéis ao seu Deus; agora, Deus permanece fiel a eles no fogo do julgamento e livra-os, inclusive do “cheiro de fogo” (3.27).
Outra referência a Cristo se encontra na visão da noite de Daniel (7.13). Ele descreve “que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem”, referindo-se à segunda vinda de Cristo.
Outra visão de Cristo, se acha em 10.5-6, onde a descrição de Jesus é bastante idêntica à de João em Ap 1.13-16.
O Espírito Santo em Ação
O Espírito Santo nunca anuncia sua presença em Daniel, mas ele está nitidamente em ação. A habilidade de Daniel e dos outros hebreus de interpretarem sonhos se devia ao poder do ES. As profecias, tanto as que se aplicavam ao local quanto ao futuro, indicam discernimento sobrenatural dado a Daniel pelo ES.
Esboço de Daniel
I. As convicções religiosas de Deus 1.1-21
O exílio de Judá 1.1-2
A decisão de Daniel de manter-se separado 1.3-21
II. O primeiro sonho de Nabucodonosor 2.1-49
O sonho esquecido 2.1-28
A revelação e a interpretação de Daniel 2.29-45
Daniel é honrado através de promoção 2.46-49
III. A libertação da fornalha de fogo 3.1-30
Convocação para adorar a estátua de ouro 3.1-7
A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua 3.8-18
Os três hebreus são miraculosamente protegidos 3.19-25
O rei confessa o Deus verdadeiro 3.26-30
IV. O segundo sonho de Nabucodonosor 4.1-37
O sonho de Nabucodonosor 4.1-37
A Interpretação da Daniel 4.19-27
O cumprimento do sonho 4.28-33
A oração e restauração de Nabucodonosor 4.34-37
V. A festa blasfema de Belsazar 5.1-31
A escrita manual na parede 5.1-9
A interpretação de Daniel da escritura 5.10-31
VI. Daniel na cova dos leões 6.1-28
Complô contra Daniel 6.1-9
Daniel é lançado na cova dos leões 6.10-17
Daniel é liberado 6.18-28
VII. A primeira visão de Daniel 7.1-28
O sonho da Daniel sobre os quatro animais 7.1-14
A Interpretação de Daniel 7.15-28
VIII. A segunda visão de Daniel 8.1-27
O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres 8.1-14
A interpretação de Gabriel 8.15-27
IX. A profecia das setentas semana 9.1-17
A oração de Daniel 9.1-19
A Visão da Daniel 9.20-27
X. A visão final de Daniel 10.1-12.13
A visão de Daniel de um ser glorioso 10.1-9
A visita de um anjo 10.10-21
Guerra entre reis do Norte e do Sul 11.2-45
O tempo da tribulação 12.1-13
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